sábado, 9 de janeiro de 2010

Para Onde Segue a Paz?

Tags: Embaixada de Israel
O compromisso com a paz tem sido o objetivo central de todos os governos de Israel desde a criação de nosso Estado, em 1948. Se por um lado os esforços em busca da paz resultaram na conclusão de acordos com o Egito e a Jordânia, por outro as tentativas de paz com os vizinhos palestinos têm sido repetidamente rechaçadas.

Desde sua posse, em abril, o atual governo israelense buscou maneiras de envolver a liderança da Autoridade Palestina em negociações de paz, que foram suspensas unilateralmente pelos palestinos, após as eleições israelenses.

Em um discurso na Universidade Bar-Ilan em junho de 2009, o Primeiro-Ministro Netanyahu declarou claramente sua aceitação de um estado-nação palestino em paz e segurança. Líderes dos EUA e da Europa, elogiaram este significante passo israelense. Infelizmente, o discurso de Netanyahu foi rejeitado pelos palestinos.

Na 6ª conferência do Fatah, neste ano, resolveu-se “adotar todas as formas legítimas de luta” contra Israel, além de “ser criativo ao buscar novas maneiras de luta e resistência” Apesar desta rejeição, Netanyahu tem reiterado seu chamado à paz com os palestinos.

O Governo de Israel reconhece que o chamado do estado palestino à paz é necessário, mas não é o suficiente, e implementou assim medidas mais abrangentes para melhorar o clima político na região, além de criar objetivos para o avanço da reconciliação.

Os passos tomados por Israel incluem medidas para aumentar a liberdade de movimento dentro da Cisjordânia e entre a Cisjordânia e Israel, como a remoção de postos de controle e barreiras, cooperação de perto com a Autoridade Palestina na construção da capacidade das forças de segurança civis palestinas e na melhoria da coordenação entre Israel e os serviços de segurança palestinos. Estes passos não apenas melhoram a qualidade de vida de civis palestinos, mas também promovem o desenvolvimento econômico. Estas medidas contribuíram com as estatísticas impressionantes e encorajadoras do Banco Mundial, que mostram um aumento de 8% de crescimento anual na economia da Cisjordânia, e a projeção do representante do Quarteto, Tony Blair, em uma entrevista ao “New York Times”, de uma taxa de crescimento anual de dois dígitos.

Apesar da vida na Cisjordânia ter melhorado significantemente, como resultado destes esforços israelenses, os líderes palestinos continuam com uma campanha internacional para tirar a legitimidade de Israel, prejudicar sua economia e minar sua habilidade para se defender. Na 6ª Conferência do Fatah foi adotada uma plataforma conclamando “o boicote de todos os produtos e instituições israelenses dentro dos territórios e no exterior”.

Em novembro de 2009, o governo israelense anunciou uma moratória, sem precedentes, de dez meses, na construção do novo conjunto habitacional na Cisjordânia, a qual Netanyahu descreveu como um passo “objetivando encorajar o retorno das conversações de paz” e como “uma oportunidade de mover adiante no caminho da paz”.

A medida israelense foi saudada pela Secretária de Estado dos EUA, Hillary Clinton, ao dizer que este “foi um passo que ajudará na resolução do conflito israelo-palestino”.

Infelizmente, o porta-voz palestino rejeitou a moratória mesmo antes do anúncio oficial por parte de Israel e depois em algumas declarações de altos líderes palestinos. A rejeição às diversas iniciativas por parte do governo de Israel na busca pela paz não são únicas, são apenas a última rejeição em uma lista de rejeições às iniciativas de paz de Israel como o Acordo de Oslo de 1993, a Conferência de Cúpula de Camp David em 2000, e o desengajamento unilateral e retirada total da Faixa de Gaza, em 2005.

Nós já demonstramos, com palavras e ações, nosso comprometimento para avançar com a paz e, como todos os governos israelenses do passado, estamos dispostos a fazer as concessões necessárias à obtenção desta paz. Seria uma tragédia se a liderança palestina, novamente, escolhesse a abordagem do “tudo ou nada”, e rejeitasse a possibilidade de forjar um histórico acordo de paz.

A rejeição consistente às iniciativas de paz israelense e a recusa em negociar, deixam Israel refletindo se de fato seus vizinhos estão comprometidos com a paz.

Por: Giora Becher, Embaixador de Israel no Brasil
Jornal "O GLOBO"
02/01/2010

fonte: http://netjudaica.blogspot.com/

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