terça-feira, 6 de abril de 2010

Fatos

A seguir, alguns fatos sobre o Oriente Médio e os povos da região que você precisa saber (se já não sabe) quando for conversar com alguém sobre o assunto.

Árabes e muçulmanos Cada um com seu cada um. Árabes são parte de um grupo étnico, não uma religião. Os árabes existem desde bem antes do Islã (a religião) e existem árabes cristãos e árabes judeus. Portanto, nem todos os árabes são muçulmanos. Há populações numerosas de árabes cristãos em todo o mundo, incluindo países como Líbano, Israel, Síria e Jordânia, por exemplo. E nem todos os muçulmanos são árabes – na realidade, dois terços da população muçulmana mundial não são árabes. Em comum os árabes têm o idioma árabe.

Israelenses e judeus Igualmente, israelenses e judeus não são a mesma coisa. Há judeus israelenses e israelenses judeus, mas há também judeus de outros países, como judeus brasileiros; e israelenses de outras religiões, como muçulmanos, cristãos etc. O termo “israelita” (que apenas em Portugal é o mesmo que “israelense”) se refere aos judeus, mas não pode ser confundido com “israelense”.


Muçulmanos e o Islã O Islã é uma religião. Um muçulmano é o sujeito que segue tal religião, que pode também ser chamada de islamismo.


Judeus e o judaísmo Na mesma lógica, judaísmo é a religião (judaica, dã) e judeus são os que seguem tal religião. Em português há uma confusão com os adjetivos “judeu”, “judia”, “judaico”, “judaica”. Explico: judeus e judias são os homens e mulheres que seguem o judaísmo. “Judaico” refere-se aos judeus. Assim, um sujeito é judeu, mas a escola onde o filho dele estuda é judaica, não judia. A propósito, “judiar” e “judiação” são pejorativos. Use, em vez desses, “maltratar”, “maus-tratos”.


Semitismo e antissemitismo É uma contradição a afirmativa de que árabes são antissemitas. Os árabes, como os judeus, são semitas. Aliás, os etíopes também. A palavra tem origem no nome de Sem, filho de Noé (aquele da Arca, lembra?) Assim como povos semitas, há idiomas semitas – e entram na enorme lista o hebraico, o árabe e o idioma dos etíopes (atenção: é amárico, não confundir com aramaico, que também é idioma semita).
Xiitas e sunitas Diferente do que se acredita, a divisão entre sunitas e xiitas é mais política e jurídica do que teológica. E as duas correntes não são as únicas linhas dentro do islamismo – há, na realidade, várias centenas delas. Li por aí que muçulmanos xiitas se equivalem a católicos romanos no cristianismo: têm uma presença clerical marcante, os imãs, que exigem a observância religiosa. Muçulmanos sunitas seriam como protestantes: os imãs não têm um papel tão importante e eles preferem uma linha mais direta com Deus.

Iranianos não são árabes O povo do Irã, país no Golfo Pérsico, conhecidos como iranianos (dã) ou persas, não é árabe.

Jihad não significa “guerra santa” É um erro traduzir o termo árabe “jihad” como “guerra santa”. O significado original da palavra é “esforço”, ou “esforço sobre si”. Contudo, as crises políticas das últimas três décadas, aliadas ao fundamentalismo muçulmano (que é exceção, não regra), ajudaram a que passássemos a entender que jihad é sinônimo de guerra santa.

fonte: http://carteirosempoeta.wordpress.com/fatos/

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